17 de junho de 2014

Chevrolet Corvette (Parte 1)

Após um mês de ausência, voltamos para falar sobre o Chevrolet Corvette, mais conhecido como o "Carro esporte da América".

Corvette C1 (1953-1962): A história desta primeira geração começou bem antes dos anos 50, em 1927, quando a General Motors (proprietária da Chevrolet) contratou o designer de automóveis Harley Earl, um amante de esportivos. Ele convenceu a GM sobre a produção de um esportivo de dois lugares, e com sua equipe de Projetos Especiais deu início ao Projeto Opel no fim de 1951. O resultado foi o protótipo EX-122, totalmente feito à mão e apresentado ao público somente em 1953 na GM Motorama (exposição exclusiva da GM feita em Nova York, iniciada em 1949 e terminada em 1961, quase sempre feita em conjunto com o Salão de Nova York). O protótipo despertou tanto o interesse do público que a produção começou seis meses após a apresentação oficial.

Exterior: Até a primeira metade de 1953, 300 Corvettes foram fabricados à mão. Na segunda metade deste mesmo ano, uma linha de montagem foi estabelecida em uma velha fábrica de picapes em Flint, Michigan (EUA), até que uma fábrica fosse preparada para produzir o Corvette em larga escala, o que aconteceu em 1954. O corpo do veículo foi feito com material de fibra de vidro (algo revolucionário para a época), devido a uma política de cotas remanescente da Segunda Guerra Mundial que limitava a disponibilidade de aço no país.

O primeiro Corvette, de 1953. (Fonte: http://www.corvetteactioncenter.com)

Contudo, o interior usava componentes da linha usual de veículos da Chevrolet, como o motor de seis cilindros "Blue Flame", transmissão automática Powerglide de duas velocidades e freios a tambor. Infelizmente a performance desta primeira geração era pífia, se comparada com a aos rivais britânicos e italianos, que ofereciam transmissão manual e freios melhores. Um supercharger centrifugal Paxton foi oferecido em 1954, melhorando muito a performance do Corvette, mas isto não fez com que as vendas parassem de cair. 
A Chevrolet considerou engavetar o Corvette, não fosse por três importantes eventos. O primeiro foi a introdução do novo motor V8 da Chevrolet em 1955, algo que não acontecia desde 1919. Com transmissão manual de três velocidades, a performance do Corvette teve um aumento considerável. 
O segundo evento foi a influência de Zora Arkus-Duntov, um imigrante russo e funcionário do departamento de engenharia da GM. Ele sugeriu a inserção do motor V8 no Corvette, melhorando a imagem do carro. Em 1956, foi promovido para o cargo de diretor da divisão de Design e Desenvolvimento de veículos de alta performance da Chevrolet, ganhando o apelido de "Pai do Corvette". 
O terceiro e último fator importante para o sucesso do Corvette foi a própria concorrência. Em 1955, a Ford lançou o Thunderbird, considerado um "carro de luxo pessoal", e não um esportivo. Com isto, as vendas aumentaram, colocando a Chevrolet no competitivo mercado de esportivos.

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Interior do Corvette 1954 (Fonte: flickr.com)

Modelos seguintes: Em 1956, o Corvette sofreu poucas alterações, como mudança no chassi, aumento da potência do V8 "small-block" (de 210 HP para 240 HP) e injeção direta de combustível (esta última disponível como opcional). 

O modelo 1958-1960 recebeu detalhes cromados, comuns na época, além de aumento na potência no motor (de 240 HP para 290 HP). 

Os anos de 1961 e 1962 marcaram a último modelo desta primeira geração. Foram introduzidas quatro luzes traseiras, que continuam até hoje, além de mudanças no motor, cuja potência saltou para 360 HP nos modelos mais caros.


Corvette 1962, o último modelo desta primeira geração. (Fonte: www.hurst-drivelines.com)

No próximo post, veremos a segunda geração, que durou de 1963 a 1967 e introduziu o icônico modelo Sting Ray. 
Até lá!

 

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