27 de dezembro de 2012

Ford Mustang (Parte 2)

Na 1ª parte vimos a origem do Mustang, sua ascensão e declínio, já que a crise do petróleo forçou os consumidores a optarem por carros menores e mais econômicos. Neste post veremos como a 2ª geração (1974-1978) pôs o Mustang num segmento totalmente diferente do qual estava acostumado, mas que aumentou (e muito) suas vendas.


História: Menor que o modelo da 1ª geração, o Mustang II (nome o qual ficou conhecida essa geração) compartilhou sua plataforma com o sub-compacto Ford Pinto e concorreu no mercado com sub-compactos semi-esportivos como Buick Skyhawk, Oldsmobile Starfire e Chevrolet Monza (este último teve seu nome usado para a versão brasileira do Opel Ascona C). As opções de motorização foram reduzidas para 3: 2.3 L 4 cilindros, 2.8 L Cologne V6 e 4.9 L V8. Ao longo dessa geração, ocorreram mudanças anuais que valeram a pena.

1974: Com um tamanho próximo ao modelo de 1964, o Mustang II venceu o prêmio de Carro do Ano da revista Motor Trend. Surgiu a opção de luxo Ghia, com teto de vinil. As vendas aumentaram muito, tornando-o o 6º Mustang mais vendido da história, com 296.041 unidades vendidas.
1975: Com a crise do petróleo chegando ao fim, a Ford decidiu trazer de volta o V8  para que a performance do Mustang retornasse em ''níveis respeitáveis''. Além da volta do V8, outras mudanças menores foram feitas, como janelas ópera na versão Ghia.
1976: Ocorreram apenas mudanças visuais como o pacote Stallion, que incluía rodas estilizadas, grade frontal preta e para-choques moldados. Outro pacote visual adicionado foi o Cobra II, com grade frontal preta, abertura do capô simulada, spoiler frontal e traseiro e emblemas de cobra.
1977: Entrada do pacote de aparência Sports para a versão Ghia e pequenas mudanças visuais na versão Cobra II.
1978: Surgiu a edição limitada King Cobra, com apenas 4.313 unidades produzidas. Entre os destaques visuais estavam faixas e um adesivo de cobra no capô, bem ao estilo do Pontiac Trans-Am. Só havia o motor V8, apenas para aumentar a imagem de performance do carro.

Ford Mustang II King Cobra 1978 (Fonte: Wikipedia)

Com o bom número de vendas, um Mustang totalmente novo surgiu para o ano-modelo 1979, mas isso fica para a próxima parte.

Até lá!

25 de dezembro de 2012

Ford Mustang (Parte 1)

Hoje vamos falar de mais um clássico americano que deixou sua marca na história do cinema e do universo automotivo: o Ford Mustang.

História: No início, o Mustang foi baseado na 2ª geração do compacto Falcon. A Ford credita o nome do veículo ao desenhista automotivo John Najjar, fã do avião P-51 Mustang, usado na 2ª Guerra Mundial. O modelo teve 5 gerações (1964–1973, 1974–1978, 1979–1993, 1994–2004 e 2005–hoje) e uma 6ª está programada para ser lançada em 2014, provavelmente como modelo 2015.
O Mustang foi introduzido 5 meses antes do início normal da produção anual e fabricado entre o Ford Falcon 1964 e o Mercury Comet 1965. Vinha equipado com motores Thriftpower de 2.8 e 3.3 litros e Windsor V8 (incluindo a variante HiPo) e transmissão manual (3 ou 4 marchas) ou automática de 4 velocidades.
O modelo 1967-1968 tinha uma carroceria mais larga e além dos motores da versão anterior (de 1964), apresentava mais versões V8: FE (e sua variante HiPo) e o mítico Cobra Jet 7.0 litros, que ostentava 335 HP. As opções de transmissão do modelo anterior foram mantidas até 1973. Foi com esse modelo que começaram a surgir as versões especiais. A 1ª foi a California Special ou GT/CS, vendida somente no estado que dá origem ao nome. Ela foi criada como uma resposta para os novos modelos do Camaro, Javelin, Firebird e até mesmo dos companheiros Ford Torino e Mercury Cougar.

Mustang GT/CS 1968 (Fonte: Wikipedia)
 
A versão 1969-1970 introduziu as lâmpadas internas da grade frontal, que permanecem até hoje. Surgiram as edições especiais Mach 1 (com interior luxuoso, rodas de aço e pneus Goodyear Polyglas) e Boss (cujo modelo 429 usava um motor exclusivo e é muito raro hoje em dia). Novas opções de motores V8 foram adicionadas: Cleveland 5.8 L, Boss 4.9 e 7.0 L e Super Cobra Jet 7.0 L.
O fim da 1ª geração veio com o modelo 1971-1973. As poucas novidades foram a substituição do FE V8 pelo HO 5.8 L e a versão Sprint, criada para comemorar a participação dos Estados Unidos nas Olímpiadas de 1972 em Munique. Isso não adiantou para aumentar as vendas do Mustang, que estavam caindo devido a crise do petróleo. Muitos consumidores migraram para os Fords Pinto e Maverick, menores e mais econômicos. O engenheiro responsável pelo Mustang, Lee Iacocca, disse que ''O mercado do Mustang nunca nos deixou, nós é que deixamos ele''.
 
Continuaremos a falar do Mustang em breve.
 
Até lá!
 

19 de dezembro de 2012

Dodge Charger (Parte 2)

Na 1ª parte falamos da origem do Charger e a versão não tão bem-sucedida dos anos 1980. Agora, veremos o Charger de 2006 a 2011 e a atual geração, cujas vendas no Brasil começam em 2013.
 

No ano de 2006, a Dodge decidiu voltar às raízes e ''ressucitar'' a esportividade no Charger sem abrir mão do conforto. Agora como um sedã, substituindo o Dodge Intrepid, O Charger voltou a ganhar espaço no mercado, tanto com motores V6 quanto V8 Hemi. A versão Daytona voltou, agora com a colaboração do grupo de performance R/T (Road and Track).

Charger Daytona R/T 2006-2007 nos Estados Unidos. (Fonte: Wikipedia)
 

O grupo SRT(Street & Racing Technology), de propriedade da Chrysler, criou sua própria versão do Charger, com um V8 Hemi 6.1 de 425 HP, toranado-se o motor mais poderoso que a Chrysler já introduziu em um modelo com transmissão automática de 5 velocidades.

Charger SRT-8 2006 fotografado no estado da Califórnia, EUA. (Fonte: Wikipedia)
 

Outras versões foram feitas, como a Super Bee (nas cores amarela e azul) e a DUB (em parceria com a revista DUB). Uma versão para departeamentos policiais norte-americanos foi feita e é usada até hoje em várias cidades, como Nova York, por exemplo.
 

2011 marcou o início da atual geração, com mudanças no interior e exterior. Os motores Hemi V8 foram mantidos, e o V6 usa a versão Pentastar 3.6 (a mesma empregada no Dodge Journey).

A atual geração, fotografada em Silver Spring, no estado de Maryland, EUA. (Fonte: Wikipedia)
 

Videogames: O Charger ''clássico'' (1969) apareceu pela 1ª vez em Gran Turismo 4 (PS2). Teve presença constante na franquia Need for Speed, começando por Carbon (PC, PS2, PS3, Mac, Xbox 360, GameCube e Wii). Foi visto pela última vez em Shift 2: Unleashed (PC, PS3 e Xbox 360).

A nova geração (2006-atual) começou também em Carbon. A versão Super Bee deu as caras em Undercover (PC, PS2, PS3, PSP, Xbox 360, Wii, DS, N-Gage e iOS). A aparição mais recente foi na versão 2012 de Most Wanted (PC, PS3, X360, PS Vita, iOS, Android e Wii U), sendo usado pela polícia.

 
Cinema: A aparição mais famosa do Charger (modelo 1970) foi em Velozes e Furiosos (2001) pilotado por Dominic ''Dom'' Toretto (Vin Diesel), enfrentando o Toyota Supra de Brian O'Conner (Paul Walker). A atual geração apareceu no 5º filme da franquia (Operação Rio), primeiro como um veículo da Polícia Civil do Rio de Janeiro, e depois usado por Dom e Brian para roubar o dinheiro do chefão do tráfico de drogas Hernan Reyes (Joaquim de Almeida).
 

Séries: O exemplo mais óbvio é o ''General Lee'' de The Dukes of Hazzard (conhecida no Brasil pelo nome Os Gatões), usado pelos primos Bo e Luke Duke.

18 de dezembro de 2012

Dodge Charger (Parte 1)

Hoje falaremos de um clássico que conquistou tanto americanos quanto brasileiros. Neste caso, o Dodge Charger.

História: O Charger foi desenvolvido pela Dodge, divisão da Chrysler, para ser um meio-termo entre o ''pony car'' Ford Mustang e o luxuoso Ford Thunderbird. Foi produzido de 1966 a 1978, com 4 gerações (1966–1967, 1968–1970, 1971–1974 e 1975–1978), sendo a 2ª a mais famosa. Veio para o Brasil, usando a carroceria do Dodge Dart como base e sendo vendido até 1980, sendo substituído pelo Dodge Magnum, por ser considerado pelo público mais esportivo. O Charger vinha equipado com motores de 318 a 400 polegadas cúbicas, em sua maioria V8, e com transmissão automática de 3 marchas ou manual de 4 velocidades. Em 1969, ganhou a edição limitada Daytona, desenvolvida para vencer corridas importantes da NASCAR. Sua vitória inaugural foi na 1ª Talladega 500, apesar dos principais pilotos da época terem boicotado a corrida. Ao todo foram 22 vitórias entre 1969 e 1970.



Dodge Charger R/T 1969 numa exposição em Montreal, Canadá. (Fonte: Wikipedia)


Em 1983, o Charger voltou com novo visual, inspirado na 3ª geração do Ford Mustang. Havia 4 opções de motor: três deles 2.2(sendo 2 com turbo) e uma versão 1.7, fabricado pela joint-venture Chrysler/Peugeot. A transmissão podia ser de 5 (manual), 4 (manual, fabricada pela Volkswagen), ou 3 (automática) velocidades. Ele foi produzido até 1987.


Charger 1985 em Quebec, Canadá. Note que o logotipo usado no capô era o da Chrysler, e não o da Dodge. (Fonte: Wikipedia)
 
Falaremos em breve sobre o modelo 2006-2011 e também a atual geração, além das aparições em videogames, filmes e séries.
 
Até lá!

17 de dezembro de 2012

Aston Martin DB5

Como prometido, neste post falaremos sobre um carro que, com certeza, ainda está na memória de muitos cinéfilos.
Estamos falando do Aston Martin DB5, mais precisamente do modelo de placa BMT 216A que apareceu no filme 007 Contra Goldfinger.
 
História: O DB5 foi produzido de 1963 a 1965 e foi o primeiro modelo a aparecer após o proprietário da empresa, David Brown (o DB da Aston Martin), parar de competir em corridas em 1963.
Foram fabricados 1.021 modelos no total e muitos existem até hoje. Ele era equipado com um motor de seis cilindros com 4 litros e comando duplo de válvulas.

No filme: O DB5 substituiu o Bentley IV de Bond, e em boa hora. O modelo vinha equipado com acessórios hoje considerados clássicos, como metralhadoras de 7.65 mm que saiam das luzes frontais de seta, banco ejetor, cortador de pneus e uma placa de aço à prova de balas.

Fonte: Coleção Oficial dos Carros de James Bond (Editora Panini)

O carro apareceu 1 ano depois em 007 Contra a Chantagem Atômica, desta vez com uma novidade: canhões de água posicionados sob o para-choque traseiro. O DB5 voltou a aparecer em 007 Contra Goldeneye, correndo contra a Ferrari F355 GTS da vilã Xenia Onatopp. A aparição mais recente foi em 007: Operação Skyfall, correndo pelas estradas da Escócia.

Daniel Craig, o atual intérprete de 007, ao lado do clássico DB5, na Escócia. (Fonte: Divulgação)

Videogames: O DB5 participou de videogames da franquia 007 nos consoles de 5ª, 6ª e 7ª geração. A 1ª vez foi em 007 Racing (PlayStation) de 2000. Em 2001, ele voltaria no FPS Agent Under Fire (Playstation 2, Nintendo GameCube e Xbox). Blood Stone (PC, PlayStation 3, Xbox 360 e Nintendo DS), de 2010, marcou a volta do DB5, sem equipamentos especiais, numa perseguição em Instambul.
 

Seja bem-vindo(a)!

Seja bem-vindo(a) ao Carro em Cena, blog dedicado não apenas aos amantes dos carros, mas também aos fãs de cinema. Aqui você vai encontrar informações e curiosidades sobre veículos que apareceram em filmes famosos. Alguns carros marcaram seu lugar na história do cinema. Outros, nem tanto.

Para abrirmos muito bem nosso blog, falaremos no próximo post sobre um carro que continua fazendo sucesso, mesmo após sua 1ª aparição há 48 anos atrás.

Fique ligado!